Mom's Life - o Alexandre, a creche e a busca desesperada

 
primeiro dia de escolinha

 
 Há um ano atrás ele estava em casa connosco. Os dias eram divididos entre os meus turnos e o trabalho do pai. A certa altura, com muita ajuda da avó paterna. Até que chegou o dia em que isso mudou.
 
 Eu troquei de emprego (leia-se na minha profissão que mudei de serviço), algo que ambicionava há muito tempo mas que exigiu mudanças na rotina. Passei a ter fins de semana em casa e a trabalhar 8 horas entre as 8h e as 20h. Ah, e feriados em casa também. Não é que procurasse este horário fixo mas é simplesmente maravilhoso poder ter uma vida dita “normal”. A juntar a esta mudança, o Paulo recebeu a notícia que no prazo de uma semana seria finalmente intervencionado às suas costas. Ora de repente, o principal cuidador do Alex na minha ausência estaria "inop" durante 1 mês pelo menos, e uma solução era necessária com urgência.
 Na semana em que decorreu a cirurgia (já agora, correu tudo bem e descobri que tenho um wolverine em casa que cicatriza super rápido), conseguimos gerir a situação com apoio da minha mãe e irmã. Isto porque tínhamos algo pensado que não se concretizou. Entretanto vi-me imersa entre contactos com amas e creches e a desesperar cada vez mais. A certa altura dei por mim a chorar ao telefone com a minha mãe porque não sabia o que iria fazer e não tinha 600 euros para dispensar assim do pé prá mão (sim, médias de 400 euros de mensalidade e pelo menos mais 200 euros para inscrição e seguro). Do nada, tropecei numa creche num daqueles sites em que contêm tudo o que é instituições registadas, mas que não tinha qualquer outro registo online (já estava tão habituada a ir ver o site ou a página de Facebook). Vi a localização – mesmo a caminho do trabalho -, liguei a confirmar alguns detalhes... voz simpática e convidativa, forneceu todas as informações que pedi (mais de metade dos espaços recusaram-se a dar informações pelo telefone, nem sequer falavam nos rácios de funcionários quanto mais em valores de mensalidade) e agendei uma visita no próprio dia. Antes de sair de casa, aproveitei para sondar sobre o que outros pais falavam sobre o espaço e entre fóruns e grupos de Facebook nada a apontar de errado, antes pelo contrário.
 
 Fui visitar o espaço, já mesmo em cima da hora de saída e já sem crianças a encher as salas de gargalhadas e brincadeiras... mas ainda assim gostei tanto! Não é um espaço moderno, são duas salas para faixas etárias específicas, um refeitório e uma casa de banho. De imediato, quando entrei e me foi apresentado o espaço, pensei “isto faz-me lembrar a minha creche” e um sentimento de nostalgia e bem-estar entranhou-se. Trouxe toda a informação extra necessária, ainda falei algum tempo com a responsável e disse-lhe que tinha outras visitas agendadas, mas acho que parte de mim já tinha tomado a decisão. Depois de falar com o Paulo, ele disse-me “Paixão, se gostas do espaço, se empatizas-te com as pessoas, go for it! O Alex não precisa de grandes modernices, precisa mesmo é de ser feliz e estar bem!”. E é mesmo isso que queremos. No dia seguinte voltei com o Alexandre para preencher a papelada e rapidamente ele foi brincar com os outros meninos, sempre a confirmar se a mãe estava na zona.
parque infantil
 Para já ele chora a ir mas sai feliz e contente. Aliás, o choro foi em crescente todos os dias, sendo que no último começou no carro! Já hoje foi um choramingar intermitente. Já contamos com uma ida à urgência pelo provável contato com estes novos bichos do infetário, mas nisso falarei mais tarde. Somando tudo, estamos todos felizes... especialmente ao final do dia quando nos juntamos em casa :)
 
 Quem mais passou por estas mudanças? Quem espera pela entrada no pré-escolar ou escolar mesmo?
 
Kiss kiss,
Catarina R.

1 comment:

  1. o meu pior medo é mesmo isso... infetario loool

    https://rrriotdontdiet.blogspot.pt/

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